MP acusa dois assistentes e uma médica do INEM de homicídio negligente
Três funcionários do INEM, acusados pelo Ministério Público de homicídio por negligência, não terão respondido, como deviam, ao pedido de socorro a um idoso que acabou por falecer
O homem, de 72 anos, sentiu-se mal, vomitou e caiu ao chão. Queixava-se também de dores fortes e contínuas no peito. A mulher telefonou para o INEM, mas os dois profissionais do instituto de emergência médica que atenderam as chamadas não enviaram qualquer meio de socorro para o local, tendo em alternativa, aconselhado a mulher, a telefonar para os bombeiros. A médica, a outra acusada neste caso, diz o Ministério Público, estava ao corrente da situação.
Só mais de uma hora depois, já o idoso tinha ficado inconsciente enquanto seguia para o hospital numa viatura particular, é que o INEM acedeu a transportá-lo. O homem entrou no Hospital de São José e morreu meia hora mais tarde.
Na nota publicada no site da Procuradoria Geral de Lisboa lê-se que o idoso «veio a falecer em consequência, do período de hora e meia que demorou a intervenção médica pedida desde o início com urgência e que impediu a tomada dos procedimentos médico-cirúrgicos adequados».
Por este comportamento, o Ministério Público acusa três profissionais do Instituto Nacional de Emergência Médica, dois operadores de telecomunicações e uma médica, por homicídio negligente com culpa grosseira por omissão da assistência médica, um crime punido com pena de prisão até cinco anos.
Fonte: TSF