Rescisão dos jogadores do Leiria é "caso de polícia"
João Bartolomeu considerou acordo de rescisão coletivo dos jogadores um "caso de polícia" e defendeu o abandono das competições profissionais.
À saída da assembleia geral de acionistas da SAD, o presidente do Conselho de Administração da Sociedade Desportiva do União de Leiria informou que a situação vai ser objeto de análise durante o dia de hoje, estando a falta de comparência ao jogo com o Feirense e a desistência em cima da mesa, mas que, na sua opinião, e perante o pedido de rescisão coletiva apresentado pelos futebolistas, «a SAD deveria abandonar as competições profissionais», relata o jornal 'A Bola'.
Os jogadores recusaram a proposta para o pagamento dos salários referentes a janeiro, fevereiro e março já vencidos. «Fomos surpreendidos pela notícia de que os atletas queriam cinco meses», notou João Bartolomeu, garantindo estar na presença de «uma situação premeditada» e tratar-se tudo isto de «um caso de polícia», havendo uma tentativa clara «para acabar com a Liga profissional» em Portugal.
«É incompreensível como é que um jogador emprestado pelo Benfica rescindiu quando tem o Benfica não tem salários em atraso», juntou, sem nomear o futebolista em questão.
Os 16 futebolistas que restam no plantel profissional da União de Leiria assinaram esta sexta-feira a rescisão de contrato coletiva, devido à situação de salários em atraso, e prometeram avançar com ações judiciais. O encontro de domingo com o Feirense não se realiza.
Uma eventual desistência da União de Leiria do campeonato provocará várias alterações na actual tabela classificativa.
DN