Taxa de desemprego em Portugal atinge novo recorde nos 14,8%
Desemprego em Portugal não dá sinais de abrandar. Em Janeiro subiu para 14,8%, um novo máximo que traduz uma escalada de 0,8 pontos percentuais em apenas dois meses. Entre os jovens o desemprego supera já os 35%.
A taxa de desemprego em Portugal subiu em Janeiro para 14,8%, o que representa um novo recorde, de acordo com os dados hoje publicados pelo Eurostat.
No primeiro mês do ano a taxa subiu duas décimas, face aos 14,6% verificados no final de Dezembro. Contra o verificado em Novembro (14%), a subida é de oito décimas.
Os dados revelados hoje pelo Eurostat são muito mais gravosos dos que os revelados pelo INE recentemente, que apontavam para uma taxa de desemprego recorde de 14% no quarto trimestre de 2011.
O Eurostat, que utiliza informação do INE para calcular a taxa de desemprego, reviu hoje em alta os registos dos últimos meses. A taxa de desemprego de Dezembro passou de 13,6% para 14,6%. Antes o Eurostat tinha revelado que a taxa de desemprego de Novembro se tinha situado em 13,2% e hoje reviu esse valor para 14%.
O valor calculado pelo Eurostat indica que a nova previsão do Governo para a taxa de desemprego da totalidade de 2012 foi já superada. Esta semana, o ministro das Finanças reviu em alta a previsão para o desemprego este ano para 14,5%.
Vítor Gaspar reviu também em alta a quebra estimada para a economia este ano, o que faz antever uma contínua degradação no mercado de trabalho em Portugal.
Na Zona Euro a taxa de desemprego subiu de 10,6% para 10,7%. Portugal tem agora a terceira taxa de desemprego mais elevada da União Europeia, igualando a Irlanda que também apresenta uma taxa de 14,8%. Acima só a Grécia (19,9% em Novembro) e a Espanha (23,3%).
Os dados do Eurostat permitem também concluir que o desemprego em Portugal continua a afectar sobretudo dos jovens. A taxa de desempego entre os portugueses com menos de 25 anos subiu em Janeiro para 35,1%, contra os 35% de Dezembro.
Entre os homens o desemprego está nos 14,9% e nas mulheres está nos 14,9%.
Jornal de Negócios