Polícias Militares e Bombeiros decretam fim da greve no Rio de Janeiro
Os polícias militares e bombeiros que ainda mantinham a greve no Rio de Janeiro decidiram no final da noite de segunda-feira, em assembleia, suspender a paralisação, anunciada na sexta-feira.
A partir de agora, o movimento estará focado em reivindicar a libertação dos agentes detidos nos últimos dias, informa "O Globo".
Na quarta-feira passada, o cabo do Corpo de Bombeiros, Benevenuto Daciolo, foi preso por incitar a greve no Rio de Janeiro. A prisão foi baseada em gravações telefónicas feitas com autorização da Justiça e posteriormente divulgadas pela televisão brasileira.
Ao todo, 187 militares foram detidos, sendo 162 nadadores salvadores, oito bombeiros e 17 polícias militares.
Os nadadores salvadores foram presos administrativamente, dentro dos próprios quartéis. A prisão vale por 72 horas.
Já os oito bombeiros e 17 polícias militares tiveram mandado de prisão expedido pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e se encontram no presídio de Bangu 1, na zona oeste da cidade.
A greve no Rio de Janeiro foi antecedida pela paralisação iniciada no estado da Baía, que registou um forte crescimento no número de homicídios no período em que a força policial esteve parada.
O aumento no índice de violência foi atribuído aos próprios grevistas, que estariam a incitar distúrbios na cidade.
Com isso, o movimento do Rio de Janeiro já começou fragilizado, sem o apoio da população, e duramente reprimido pelo governo estadual.
No sábado, a Polícia Civil do Rio de Janeiro já havia anunciado a decisão de abandonar o movimento.
Jornal de Notícias