UE decide embargo petrolífero gradual ao Irão

Os países da União Europeia terão chegado hoje de manhã a um acordo em relação a um embargo petrolífero gradual ao Irão.

O acordo prevê ainda sanções contra o banco central iraniano com o objectivo de congelar o programa nuclear do país, indicou à AFP uma fonte diplomática europeia que deu o acordo como certo, embora esta posição só seja anunciada oficialmente hoje à tarde.




“Foi concluído um acordo de princípio para um embargo petrolífero ao Irão” durante uma reunião de embaixadores dos países da UE em Bruxelas, indicou a mesma fonte, que não foi identificada. Esta posição será oficialmente anunciada esta tarde, durante uma reunião dos ministros europeus dos Negócios Estrangeiros.

O acordo alcançado prevê a interdição imediata de todos os novos contratos de petróleo entre o Irão e os países europeus. Está prevista uma fase de transição para a anulação dos contratos existentes, que não acontecerá antes de dia 1 de Julho.

As discussões foram intensas e prolongaram-se até ao último momento, uma vez que a Grécia está muito dependente das remessas de petróleo iraniano.

Espera-se que o défice de petróleo de origem iraniana seja compensado por outros países da zona do Golfo Pérsico. O Irão vende cerca de 20% do seu petróleo aos países da União Europeia. O grosso das suas vendas realiza-se na Ásia.

Entretanto, o porta-aviões USS Abraham Lincoln patrulhou ontem sem incidentes o Estreito de Ormuz, apesar das ameaças recentes do Irão.

Sabe-se igualmente que uma embarcação britânica (HMS Argyll) e outra francesa se juntaram a este porta-aviões americano e a um outro - o USS Carl Vinson - numa patrulha pelo Golfo a fim de marcarem uma posição: sublinhar o compromisso inabalável internacional pela manutenção dos direitos de passagem, sob a lei internacional, naquele estreito, indicou uma fonte do ministério britânico da Defesa citado pela CNN.

Teerão ameaçou recentemente fechar o Estreito de Ormuz - a única entrada e saída para o Golfo Pérsico - numa altura em que o Irão enfrenta um escrutínio cada vez mais apertado por parte das potências ocidentais em torno do seu programa nuclear.

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