Multas para 68 operadores por porem em risco infraestruturas críticas e serviços essenciais
O Centro Nacional de Cibersegurança começou pela primeira vez a notificar entidades que terão de pagar multas por não cumprirem todas regras previstas na lei de prevenção de ataques informáticos.
O diretor Lino Santos, que foi um dos convidados do podcast Soberania desta semana, revelou que em 2022 houve 25 ciberataques graves em Portugal, o número mais elevado de sempre. Com o diretor da Unidade de cibercrime da PJ, Carlos Cabreiro, também presente neste programa, aquele responsável admitiu que não avisaram logo a Judiciária do ciberataque na Defesa no ano passado por não suspeitarem de crime.
Quase cinco anos depois de estar em vigor a Lei do Ciberespaço e quase dois anos após o seu regulamento ter sido publicado, o Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) começou a passar as multas previstas (que podem chegar aos 50 mil euros) às entidades que, por não cumprirem todas as medidas, estão a pôr em risco as infraestruturas críticas nacionais (aquelas que se deixarem de funcionar podem parar o país) e o fornecimento de serviços essenciais (como luz, água, transportes, comunicações, banca).
O diretor do CNCS, Lino Santos, que foi um dos convidados do podcast Soberania desta semana - uma parceria DN/Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo - revelou que após terem sido identificados 179 operadores, que "tinham pelo menos uma não conformidade com o regime jurídico de segurança do ciberespaço", foram este ano já "instaurados 68 processos de contraordenação que estão a decorrer".
Fonte: Diário de Notícias
Foto: Carlos Pimentel / Global Imagens