Face Oculta: Greve geral obriga cancelamento de audiência no tribunal de Aveiro
A audiência do mediático julgamento do caso 'Face Oculta', que estava prevista para hoje no tribunal de Aveiro, não se realizou devido à greve geral.
O coletivo de juízes e os procuradores do Ministério Público, advogados e arguidos marcaram presença no tribunal, mas a ausência das duas oficiais de justiça (uma escrivã-adjunta e uma escrivã auxiliar) que estão destacadas para o julgamento, inviabilizou a realização da sessão.
O juiz presidente Raul Cordeiro chamou os advogados à sala se audiências e explicou que não era possível realizar a sessão, que irá assim prosseguir na sexta-feira com a inquirição do inspetor da Polícia Judiciária (PJ) Rui Carvalho, um dos envolvidos na investigação do caso 'Face Oculta'.
O julgamento, que vai na terceira semana de audiências no tribunal de Aveiro, está relacionado com uma alegada rede de corrupção que tinha como objetivo o favorecimento de um grupo empresarial de Ovar ligado ao ramo das sucatas nos negócios com empresas do setor empresarial do Estado e privadas.
No banco dos réus estão sentados 36 arguidos (34 pessoas e duas empresas) que respondem por centenas de crimes de burla, branqueamento de capitais, corrupção e tráfico de influências.
Desde o passado dia 08 de novembro, quando começou o julgamento, o tribunal já ouviu quatro arguidos, designadamente o antigo ministro e ex-vice presidente do BCP, Armando Vara, o ex-presidente da REN (Redes Energéticas Nacionais), José Penedos, o ex-quadro da Galp, António Paulo Costa, e o administrador da IDD - Indústria de Desmilitarização e Defesa, José António Contradanças.
Lusa