FMI liberta 1,48 mil milhões de euros para Portugal

Instituição aprovou nova tranche ao abrigo do programa de financiamento, firmado em Maio de 2011. FMI divulga esta terça-feira a quarta avaliação às metas traçadas.

Portugal vai receber de imediato mais 1,48 mil milhões de euros ao abrigo do programa de financiamento acordado com a troika, que já deu nota positiva ao cumprimento das metas definidas para a atribuição das verbas.

Os documentos da quarta avaliação do pacote de assistência serão divulgados esta terça-feira e dizem respeito à revisão trimestral (de Abril a Junho) do memorando de entendimento. Ontem o Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou que vai libertar mais uma tranche do financiamento que totaliza, até agora, 21,13 mil milhões de euros.

“Tendo em conta os grandes desafios que Portugal ainda enfrenta, será importante manter o compromisso com políticas fortes e reformas estruturais para fomentar o crescimento sustentável, especialmente através de reformas dos mercados laborais e de produtos, fortalecer a dinâmica da dívida e recuperar o acesso ao mercado”, afirmou Nemat Shafik, do FMI, que presidiu à reunião onde foi aprovada a nova ajuda.

No início do mês, a troika composta pelo FMI, Banco Central Europeu e Comissão Europeia pediu “medidas determinadas” para combater o desemprego em Portugal mas considerou que o programa “continua no bom caminho”. Nos documentos que serão hoje divulgados haverá análises mais aprofundadas sobre o empréstimo concedido a Portugal e novas recomendações.

Ontem o FMI reviu em baixa as previsões de crescimento da economia mundial em 2012 para 3,5%, menos 0,1 pontos percentuais. A instituição sedeada em Washington estima uma subida de 2,9% em 2013, em vez de 4,1%. Não foram divulgadas novas estimativas para Portugal mas a zona euro mantém uma contracção de 0,3%. O FMI está pessimista em relação a Espanha e prevê uma queda na economia de 06%, em vez de um crescimento ligeiro de 0,1%.

“O risco mais imediato é que uma acção política insuficiente ou atrasada possa conduzir a uma escalada da crise do euro”, alerta o FMI.

Fonte: Público