Parpública considera que reprivatização da TAP é imprescindível

O Grupo TAP fechou 2011 com capitais próprios negativos "abaixo dos 350 milhões de euros", segundo a Parpública, que diz que a reprivatização da empresa é imprescindível para a sua sustentabilidade.

"Na ausência de medidas estruturais visando a recapitalização da empresa, e persistindo as condicionantes estruturais de custos globais e marginais com ausência de sinergias que afetam negativamente os negócios do Grupo, a TAP manteve em 2011 uma trajetória negativa, tendo registado um prejuízo de 76,8 milhões de euros", lê-se no relatório anual de resultados da Parpública, empresa que gere as participações do Estado e detém a TAP.

Este resultado, acrescentam, "coloca os capitais próprios do Grupo TAP (antes de interesses não controlados) abaixo dos 350 milhões de euros".

Assim, para a Parpública, "tendo em conta a evolução que se vem registando há vários anos e as limitações legais a um envolvimento público na capitalização direta da TAP", fazem com que a reprivatização da empresa se torne "imprescindível para a criação de condições que garantam a sustentabilidade dos negócios e da empresa, em particular num contexto recessivo da atividade económica e de grande instabilidade dos mercados financeiros".

De acordo com a mesma fonte, a dívida remunerada do Grupo TAP manteve-se nos 1,2 mil milhões de euros em 2011, "valor idêntico ao do ano anterior, registando até uma ligeira redução de cerca de 46 milhões de euros, inferior no entanto à redução das disponibilidades de caixa".

Os 76,8 milhões de euros de prejuízo da TAP em 2011, representam um agravamento de 19,7 milhões de euros face ao ano anterior.

Fonte: Jornal de Notícias