Inquilinos, proprietários e mediadores exigem seguro de renda

Seis associações vão pedir reunião com o Governo para apresentar mudanças que consideram fundamentais para dinamizar o mercado de arrendamento.

As associações de inquilinos, proprietários e mediadores imobiliários exigem ao novo Governo que promova, rapidamente, um seguro para as rendas e acabe com a obrigatoriedade dos recibos de renda eletrónicos.

Os pedidos vão ser feitos ao ministro do Ambiente, que tem a pasta do arrendamento e são assinados pela Associação Portuguesa de Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), Associação Nacional de Proprietários (ANP), Associação Lisbonense de Proprietários (ALP), Associação de Inquilinos Lisbonenses (AIL), Associação de Inquilinos do Norte (AIN) e Confederação do Comércio de Portugal (CCP) que há poucos meses criaram a Comissão de Acompanhamento do Mercado do Arrendamento Urbano (CAMAU).

As seis associações reuniram esta terça-feira para acertarem uma posição comum sobre o sector, numa altura em que reclamam mais apoios públicos ao arrendamento urbano.

À TSF, o presidente da APEMIP explica que foi possível chegar a alguns consensos. Nomeadamente no seguro de renda, uma promessa antiga, de vários governos, que nunca saiu do papel.

Luís Lima diz que o que existe até hoje no mercado é caro e não cumpre a função de proteger inquilinos e proprietários, pelo que faz falta uma regulamentação estatal que vá de encontro a esses objetivos.

Outra meta comum das associações do setor é que o novo Governo acabe com a obrigatoriedade recente dos recibos de renda eletrónicos passados via Autoridade Tributária, para evitar a fuga ao fisco.

O representante dos mediadores diz que há milhares de proprietários que nunca usaram a internet e que o novo regime vai resultar em muitos incumprimentos, pelo que a Comissão de Acompanhamento do Mercado do Arrendamento Urbano pede ao Governo que o sistema passe a ser apenas opcional.

Fonte: TSF