Mais incumprimentos na assistência técnica ao fornecimento de electricidade
EDP falha requisitos mínimos nas leituras e deslocações, mas compensa: é a que menos reclamações recebe e que mais paga compensações.
Aumentou o número de incumprimentos na assistência técnica a avarias no fornecimento de electricidade e há grandes comercializadores no sector que não pagam compensações aos clientes.
No Relatório da Qualidade de Serviço do Sector Eléctrico de 2014, publicado esta segunda-feira pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), considerou-se que a situação ficou corrigida através do pagamento de compensações e do tempo médio de chegada ao local.
No que toca às leituras de contadores e deslocações às instalações dos clientes, a maioria dos operadores no mercado cumpriu os requisitos mínimos, com a excepção da EDP Distribuição, que atingiu 87% de percentagem de leituras com intervalo face à leitura anterior até 96 dias. O mínimo exigido pela ERSE para este indicador é de 92%.
O regulador da energia diz que o número de leituras efectuadas "aumentou de 30,8 milhões em 2013 para 36,5 milhões em 2014", correspondente a um crescimento de 18%, se bem que o número de estimativas também aumentou, mas em 7%.
Em caso de interrupção de fornecimento de electricidade por culpa dos clientes, as empresas têm um prazo para repor o serviço: se o operador não cumprir as regras, confere ao cliente o direito de compensação no valor de 20 euros. Nesta matéria, a Galp e a Iberdrola lideraram os incumprimentos dos prazos e o não pagamento de compensações aos clientes.
Só a Galp teve 7.300 incumprimentos dos prazos de resposta a reclamações e não desembolsou um cêntimo nas compensações aos clientes. A situação repete-se, variando o volume das reclamações, com a Iberdrola, Endesa e Gás Natural.
A EDP Distribuição, empresa responsável pela rede de baixa tensão no continente, teve 14.185 incumprimentos, sendo que desses, pagou indemnizações a 3.837 clientes. As empresas do grupo EDP são as que menos reclamações recebem e as que mais pagam as indemnizações aos clientes.
Fonte: Rádio Renascença