Ensino vocacional deixa de ser experiência e chega a todas as escolas

Este ano estão já a funcionar mais 1700 turmas, com mais de 35 mil estudantes. Portaria publicada hoje alargar oferta a todo o país.

Depois de três anos de experiência-piloto, Nuno Crato vai levar o ensino vocacional a todas as escolas do país. Pois está provado o "impacte positivo" desta via "no combate ao abandono e na promoção do sucesso escolar, na inclusão dos jovens em risco de abandono, no cumprimento efetivo da escolaridade obrigatória", como se pode ler na portaria que é hoje publicada em Diário da República. Esta formação começou no ensino básico (do 5.º ao 9.º ano, ou seja o 2.º e o 3.º ciclos) em 2013/2013 apenas como experiência-piloto, mas este ano já chega a mais de 27 mil alunos.
Agora o vocacional que permite aos alunos, com mais de 13 anos e pelo menos uma retenção, aprender um ofício, ao mesmo tempo que mantém a carga horária em disciplinas estruturais (Português, Matemática, Inglês e Ciências), vai estar disponível para todas as escolas do país e não apenas para as aprovadas na experiência-piloto. Nuno Crato publica hoje a portaria que acaba com a fase de testes e passa a incluir esta via no leque de ofertas formativas do ensino obrigatório.
Estão a frequentar o vocacional mais de 35 mil alunos, do básico e secundário, integrados em mais de 1770 turmas, segundo dados do Ministério da Educação e Ciência (MEC). Uma oferta que abrange mais alunos do básico, do que do secundário, onde a experiência arrancou um ano mais tarde. No ano passado, "frequentavam esta oferta formativa mais de 26 mil alunos, distribuídos por 1260 turmas no básico (24410 alunos) e 104 no secundário (2154 alunos)", indicou ao DN, a coordenadora do vocacional, Isabel Hormigo.
Este ano, "esta oferta irá triplicar no secundário e aumentar em mais de duas centenas de turmas no ensino básico". As turmas que agora estão a funcionar podem, se quiserem, de acordo com a portaria publicada hoje, a que o DN teve acesso, deixar de estar integradas na experiência-piloto e passar para o regime geral de ofertas formativas.

Fonte: Diário de Notícias