319 arguidos com vigilância eletrónica devido a violência doméstica

Há mais 23 do que os registados em 31 de dezembro do ano passado.

Mais de 300 agressores usam hoje a pulseira eletrónica devido a casos de violência doméstica, indicam os dados provisórios da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP).
Neste dia em que se completam quatro anos de recurso à pulseira no âmbito da violência doméstica, 319 arguidos encontram-se em vigilância eletrónica, mais 23 do que os registados em 31 de dezembro do ano passado.
Em 2014, a pena ou medida de vigilância eletrónica foi aplicada a 313 agressores, dos quais 235 foram considerados finalizados durante esse período.
No ano anterior, 229 agressores utilizaram a pulseira eletrónica, com 141 casos a serem declarados findos nesse período.
A DGRSP assinalou que, de 2009 a 2014, a taxa de sucesso da aplicação da vigilância eletrónica, para impedir o contacto com a vítima de violência doméstica, é de 96,64 por cento, registo que inclui todos os casos não revogados por incumprimento.
Desde 2011 até janeiro deste ano, a aplicação desta medida para impedir contacto dos agressores com as vítimas apresenta valores superiores entre 91,43%, em 2011, e 99,29%, em 2013.
Segundo elementos da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), 30 mulheres e 10 homens morreram em quadro de violência doméstica.
As "Estatísticas APAV Crimes sexuais 2000-2012" referem que, neste período, foram totalizados 5.710 casos de violência doméstica, correspondendo este número aos crimes de "violência doméstica -- violação e abuso sexual de crianças", com 3.473 casos (53,7%).
As mulheres são as principais vítimas, atingindo o valor máximo em 2003, com 548 vítimas. Em 17% dos casos, a vítima tinha entre os 26 e 35 anos, e em 14,7% das situações, entre 18 e 25 anos.

Fonte: Diário de Notícias