Programa informático da Justiça não sai tão cedo do "Citius"

Está a ser alvo de uma avaliação, mas dificilmente será substituído nos próximos tempos. O programa informático dos tribunais, que foi abaixo há seis meses, está agora a funcionar praticamente em pleno. A presidente do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça diz que não se pode substituir um programa com esta dimensão de um momento para o outro.

A nova responsável pelo programa informático dos tribunais diz que estão a estudar se o Citius deve ou não ser substituído. À TSF, a presidente do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça, Albertina Pedroso, que tomou posse em janeiro, diz que é cedo para dizer o que vai acontecer ao programa que continua a ser criticado por quem trabalha nos tribunais e teve há meio ano um apagão de quase dois meses, no arranque do novo mapa judiciário. Albertina Pedroso defende que primeiro é preciso avaliar bem o Citius.
Em setembro, à TSF, o antigo responsável pelo Citius no Ministério da Justiça afirmou que este programa informático dos tribunais ia mesmo ser substituído dentro de três anos. Uma mudança que Albertina Pedroso diz agora que tem de ser estudada.
A nova responsável pelos equipamentos da justiça garante que, meio ano depois do apagão, o Citius está a funcionar praticamente em pleno, quase como antes da revisão do mapa judiciário. Para além das falhas de requerimentos em casos de penhoras, relatadas há dias pela TSF, existem apenas problemas pontuais.
Do lado dos funcionários judiciais, o presidente do sindicato, Fernando Jorge, diz que o Citius continua a ter problemas, mas está, pelo menos, a funcionar de forma razoável. Nos tribunais os principais problemas por estes dias são a regularização do trabalho atrasado devido à paragem de quase dois meses no Citius. Fernando Jorge diz que meio ano depois do bloqueio, ainda não foi possível recuperar o tempo perdido.
A secretária-geral da Associação Sindical de Juízes Portugueses (ASJP), Maria José Costeira, confirma que foi impossível recuperar o trabalho em atraso nos tribunais, depois do bloqueio de quase dois meses do Citius.


Fonte: TSF