Procuradora-geral da República aconselhou diretor do JN a arranjar advogado

Joana Marques Vidal, em comunicado enviado esta segunda-feira às redações, garante que não sabe se há escutas comprometedoras para o diretor do "Jornal de Notícias" no processo que envolve José Sócrates.

A Procuradora-geral da República (PGR) sentiu necessidade de esclarecer o encontro que teve com o diretor do Jornal de Notícias, acusado pelo "Correio de Manhã" de ter avisado José Sócrates de que iria ser preso.

Joana Marques Vidal admite que recebeu Afonso Camões "a pedido" do próprio, que teria "conhecimento de factos relativos à Operação Marquês".

A PGR revela que o diretor do JN lhe disse que temia que saíssem nos jornais notícias relativas à relação que tinha com José Sócrates, "tendo por base escutas" da operação Marquês. E pediu que Joana Marques Vidal o aconselhasse sobre o que fazer.

Num comunicado enviado esta segunda-feira às redações, a PGR diz que aconselhou Afonso Camões a consultar um advogado e diz não saber se o diretor do JN está ou não nas escutas do processo que levou José Sócrates à prisão.

Joana Marques Vidal conta que Amadeu Guerra, diretor do DCIAP, também participou no encontro e que os dois perguntaram ao jornalista se sabia de onde vinha as informações sobre a prisão iminente do ex-primeiro-ministro. Afonso Camões optou "por nada dizer", mas no editorial desta segunda-feira do JN revela que um colega do jornalista que lhe revelou em junho a história da prisão de Sócrates lhe contou que a informação vinha "da investigação liderada por Rosário Teixeira e Carlos Alexandre".

Fonte: Expresso