Procuradores que investigam José Sócrates só levaram 8% dos casos a julgamento

Nos últimos três anos, equipa liderada por Amadeu Guerra, que investiga crimes complexos como a corrupção, abriu 1704 inquéritos.

Foi logo em janeiro deste ano que o procurador Rosário Teixeira, do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), ordenou diversas diligências, inclusive escutas telefónicas, no âmbito da investigação que viria a chamar-se Operação Marquês. Processo que envolve José Sócrates em suspeitas de corrupção, fraude fiscal agravada e branqueamento de capitais e que culminou na detenção do ex-primeiro-ministro.
Esta e outras investigações fazem parte dos 584 inquéritos que deram entrada no DCIAP desde 1 de janeiro até 1 de dezembro de 2014. Dados avançados ao DN por fonte oficial do gabinete da procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal, referentes aos últimos três anos (2012 até 1 de dezembro) mostram que entraram no DCIAP - o departamento do Ministério Público (MP) que recebe os casos de criminalidade mais complexa e organizada, na maioria casos de crimes económicos e financeiros, como corrupção - 1704 inquéritos, tendo sido efetuadas neste período 144 acusações. Ou seja 8,4% do total de investigações.

Fonte: Diário de Notícias