Eurogrupo considera «prioritário» reduzir impostos sobre trabalho em países como Portugal

O Eurogrupo considera que impostos elevados sobre o trabalho são um travão ao crescimento e à criação de emprego. Da reunião desta segunda-feira , em Bruxelas, saiu um sinal claro para diversos países, Portugal incluído.

Os ministros das Finanças da Zona Euro discutiram hoje, em Bruxelas, a necessidade de redução dos impostos diretos sobre o trabalho, sustentando, na declaração final, que este problema «prioritário» deve ser combatido sobretudo por 11 países, Portugal incluído.
Num debate no quadro da agenda da União Europeia para o crescimento e emprego, os ministros dos 18 abordaram alguns planos e experiência na redução da carga fiscal sobre o trabalho, apontando que a mesma é um obstáculo ao objetivo de estimular a atividade económica e criar mais postos de trabalho.
«Dentro da Zona Euro, 11 Estados-membros em particular enfrentam desafios no que respeita à elevada carga fiscal sobre o trabalho», em particular para os trabalhadores com rendimentos baixos, aponta a declaração adotada pelo Eurogrupo, especificando que, «tal como refletido nas recomendações específicas» recentemente divulgadas, os países em causa são Áustria, Bélgica, Estónia, França, Alemanha, Itália, Letónia, Luxemburgo, Holanda, Portugal e Espanha.
Apontando que alguns países estão a levar a cabo reformas para responder a este problema, o Eurogrupo defende que «são necessários mais esforços», devendo naturalmente a descida dos impostos diretos sobre o trabalho ser compensada com outras medidas, com vista ao cumprimento dos objetivos orçamentais, «de preferência com cortes na despesa», ou com uma mudança da tributação, do trabalho para o consumo.
Reafirmando que a redução da carga fiscal sobre o trabalho «é uma prioridade política prioritária», o Eurogrupo anunciou hoje que voltará a discutir o assunto em setembro, visando estabelecer uma abordagem coordenada entre os Estados-membros, com base na troca de boas práticas.
Portugal esteve representado na reunião pela ministra Maria Luís Albuquerque, que não prestou declarações à imprensa.


Fonte: TSF