Milhares de medicamentos ilegais apreendidos em Portugal

Autoridades consideram que, "apesar dos alertas, os portugueses continuam a comprometer gravemente a sua saúde ao adquirirem medicamentos" em sites não autorizados.

A Autoridade Tributária e o Infarmed anunciaram a apreensão, na última semana, de 4.972 medicamentos ilegais, com um valor estimado de quase 20 mil euros.
Os fármacos foram apreendidos de um total de 6.364 encomendas inspeccionadas no âmbito da operação internacional Pangea VII, que decorreu entre os 13 e 20 deste mês.
Os alvos foram a central das encomendas postais, áreas da carga expresso de Lisboa e Porto e as alfândegas do Funchal e Ponta Delgada.
Na inspecção no âmbito da Operação Pangea VII, realizada por 200 agências de 111 países, uma grande parte dos medicamentos destinavam-se ao tratamento da disfunção eréctil, emagrecimento e esteróides anabolizantes.

Em comunicado, a Autoridade Tributária e o Infarmed concluíram que, "apesar dos alertas, os portugueses continuam a comprometer gravemente a sua saúde ao adquirirem medicamentos pela internet, em websites não autorizados".

"A participação na operação Pangea VII e a colaboração entre as entidades envolvidas em Portugal (AT e Infarmed), ao longo do ano, demonstra que é necessário dar continuidade aos alertas públicos e às acções de cooperação, a nível nacional e internacional, para combater estas situações ilegais, tendo em vista a protecção da saúde pública", refere o documento.

A Operação Pangea VII foi a maior operação internacional de sempre no combate aos medicamentos falsificados, que culminou com a detenção de 239 indivíduos e a apreensão, em todo o mundo, de 7.636.826 unidades de medicamentos falsificados, potencialmente letais e com um valor estimado de 29.861.350 dólares (cerca de 21.811.400 euros).

Na operação coordenada pela Interpol foram inspeccionadas 543.531 encomendas postais, das quais 19.618 ficaram aprendidas por conterem medicamentos ilegais ou falsificados.

Adicionalmente, foram também identificados e desmantelados três laboratórios ilícitos na Colômbia. Esta operação visou igualmente as principais áreas exploradas pelo crime organizado no tráfico ilegal de medicamentos, como os sistemas electrónicos de pagamento e serviços de distribuição.

Fonte: Rádio Renascença