Empresas exigem pagamento atempado pelo Estado

António Saraiva lembra que acabar com os atrasos nos pagamentos seria “condição indispensável para a retoma”.

A CIP reclama pagamentos em atraso do Estado às empresas portuguesas. António Saraiva, reeleito presidente da Confederação da Indústria Portuguesa, lembrou que o Estado tem de fazer a sua parte na ajuda às empresas.

“Continuaremos a dar particular prioridade à resolução do problema do financiamento da nossa economia, condição indispensável para a retoma. O Estado tem a este nível uma primeira responsabilidade: liquidar os pagamentos às empresas a tempo e horas. Reclamaremos intransigentemente o pagamento atempado pelo Estado das dívidas às empresas, defenderemos a urgência de medidas que fomentem a recapitalização das empresas”, disse António Saraiva durante a cerimónia de tomada de posse para novo mandato.

O patrão dos patrões acrescenta que “com ou sem programa cautelar é sempre preciso que o rumo traçado na condução das políticas económicas seja previsível e concretizado num compromisso nacional”.

“A CIP considera que a reforma do Estado deve ser um elemento central da estratégia de desenvolvimento pós-troika. É imprescindível acabar com o monstro e criar um Estado ágil e eficaz que responda às necessidades dos cidadãos e das empresas”, referiu António Saraiva.

Paulo Portas ouviu mas, na hora de discursar, não deu resposta. O vice-primeiro-ministro preferiu dar conta de um indicador que ‘diz’ mostra que as coisas estão a mudar.

“Se porventura há um dado que permite explicar o que está a mudar para melhor, sem perda de realismo, é este que é muito simples: há um ano, por cada empresa nova, fechavam duas; hoje, por cada empresa que fecha, abrem duas e isso é um motivo para ter, não um optimismo irresponsável, mas uma confiança em que podemos progredir”, referiu.

Fonte: Rádio Renascença