Tribunal rejeita providência cautelar e venda de coleção Miró avança

O Tribunal Administrativo de Lisboa chumbou a providência cautelar que visava impedir o leilão da coleção Miró, em Londres, avança a rádio Renascença. A venda realiza-se esta tarde e todo o dinheiro angariado vai diretamente para a Caixa Geral de Depósitos, segundo o Diário Económico. Porém, o valor não cobrirá mais do que uma pequena parte das dívidas ao banco estatal.

O Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa já se pronunciou sobre a providência cautelar interposta pelo Ministério Público, na sequência de um pedido do PS, para que a coleção de Miró não seja leiloada hoje, em Londres, avança a Renascença.

O tribunal decidiu avançar com a venda das 85 obras de Juan Miró, ‘herança’ que o extinto BPN deixou ao Estado português, e o dinheiro angariado terá como destino a Caixa Geral de Depósitos (CGD), de acordo com o Diário Económico.

Como garantiu o presidente da Parvalorem, Francisco Nogueira Leite, “todas as receitas são para amortização de financiamentos concedidos pela CGD”, a fonte privilegiada de financiamento para cobrir as imparidades registadas nos vários veículos desenhados para cobrir os ativos tóxicos do BPN.

No entanto, tendo em conta que a base de licitação da coleção é de 35,9 milhões de euros, o valor angariado não cobrirá mais do que uma pequena parte das dívidas à CGGD.

O Banco Português de Negócios deixou, ainda, “um conjunto de obras cujo inventário e processo de legalização se encontra a decorrer” e das quais não é conhecido o destino, segundo o responsável pela Parvalorem.


Fonte: Notícias ao Minuto