Prisões expõem na Praça do Comércio no dia internacional dos direitos humanos

A assinalar o Dia Internacional dos Direitos Humanos, a Direção Geral da Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP), com o apoio do Ministério da Justiça, vai inaugurar amanhã, dia 10 de Dezembro, pelas 10 horas, uma exposição/venda de produtos agrícolas e de materiais de artesanato produzidos em vários estabelecimentos prisionais do país. A ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, preside à inauguração que da exposição, que irá decorrer no Espaço Justiça, sito na Praça do Comercio (edifício sede do Ministério da Justiça), em Lisboa.

O evento prolonga-se até 20 de Janeiro estando programado que entre 16 e 20 de Dezembro sejam colocados à venda produtos frescos cultivados nas prisões, nomeadamente produtos hortícolas típicos desta época de Natal.

A 6 de Janeiro serão cantadas as Janeiras a S. EX.a a Ministra da Justiça, ao mesmo tempo que será lançado um novo vinho branco produzido no EP de Alcoentre, dando-se também a provar vinhos de outros EP’s, brancos, tintos e rosés, nomeadamente de Pinheiro da Cruz.

Além do vinho, os visitantes poderão provar e adquirir mel e azeite de vários Estabelecimentos Prisionais e apreciar alguns trabalhos de artesanato realizados pelos reclusos. Nesse mesmo dia os visitantes poderão também provar as castanhas assadas e nozes vindas da prisão de Izeda.

No dia 20 de Janeiro, ultimo dia da exposição, a S. EX.ª a Ministra da Justiça vai assinar vários protocolos com empresas e instituições que colaboram com as prisões dando trabalho aos reclusos com vista à sua reinserção social. A Tecnidelta, do Grupo Delta, e a Unicer, estão entre as empresas que vão assinar protocolos, tal como o Automóvel Clube de Portugal, que vai oferecer a carta de condução a reclusas, a Associação Empresarial de Torres Novas - Entroncamento - Alcanena - Golegã (ACIS), que vai dar emprego a alguns reclusos nas suas empresas associadas, ou com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), que vai fazer estudos de forma a tornar as cadeias mais amigas do ambiente ao nível energético.

Trata-se de um evento que visa mostrar o esforço que todos os dias é feito para que os reclusos não se afastem do mundo do trabalho apesar de se encontrarem privados de liberdade. O dinheiro que auferem dá-lhes para satisfazer as necessidades do dia a dia, nomeadamente para adquirir produtos de higiene, tabaco e outros bens de que necessitem, como também, nalguns casos, ajudarem as famílias que passam dificuldades. Esta iniciativa visa, acima de tudo, mostrar que as prisões são espaços onde a liberdade também se aprende.


Fonte: Gabinete de Imprensa do Ministério da Justiça