Protestos marcam hoje votação do Orçamento

Sindicatos e associações marcam hoje protestos junto ao Parlamento, no dia em que se aprova o Orçamento do Estado para 2014.

A aprovação do Orçamento do Estado (OE) para 2014 vai ser hoje acompanhada por protestos junto à Assembleia da República, que vão juntar trabalhadores, pensionistas e pequenos empresários que pretendem contestar o agravamento da austeridade.

A CGTP convocou um "Dia Nacional de Indignação, Protesto e Luta" cujo ponto alto será a manifestação junto ao Parlamento, onde, ao final da manhã, será votado o documento.

A Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas (PPME) também convocou os seus associados para o mesmo local com idêntico objetivo. Também os taxistas vão manifestar-se contra o Orçamento, desfilando entre o Campo das Cebolas e a Assembleia da República, onde permanecerão até ao final da votação.

A UGT vai ter uma delegação, liderada pelo secretário-geral, Carlos Silva, nas galerias da Assembleia da República durante a votação final global em plenário da Proposta de Lei que aprova o OE.

Greves e plenários

O Dia de luta da CGTP-IN vai ter expressão nos locais de trabalho, com a realização de greves e plenários, e em ações de rua em quase todos os distritos e regiões do continente e nas regiões autónomas.

Para Lisboa estão marcadas cinco concentrações que vão convergir para a Assembleia da República, onde o secretário-geral da Intersindical, Arménio Carlos, fará uma intervenção politico-sindical ao final da manhã.

No Largo da Estrela concentram-se os trabalhadores dos distritos de Leiria, Santarém e do Alentejo, no Largo do Rato reúnem-se os reformados e pensionistas, no Largo de Santos estarão os trabalhadores do distrito de Setúbal, no Largo do Camões os do distrito de Lisboa e no Largo Trindade Coelho encontram-se os jovens.

Para a tarde está foi marcada outra manifestação para S. Bento, divulgada através das redes sociais, para pedir a demissão imediata do Governo.

PSP mantém dispositivo de segurança

A PSP vai ativar um dispositivo semelhante às manifestações anteriores para fazer face aos protestos marcados por trabalhadores, pensionistas e empresários para hoje junto à Assembleia da República, disse hoje um porta-voz da força de segurança.

Escusando-se a referir o número de agentes que serão encaminhados para reforçar a segurança no parlamento, o subcomissário João Moura garantiu à agência Lusa que serão "os necessários e adequados" e adiantou que, além de uma divisão do comando de Lisboa, o reforço será feito pelo corpo de intervenção da polícia.


Fonte: Expresso