Portugal ganha "um pouco" com a nova PAC

As novas regras da Política Agrícola Comum vão ser formalmente aprovadas pelos ministros da agricultura europeus, em dezembro.

O Parlamento Europeu (PE) aprovou hoje a reforma da Política Agrícola Comum (PAC), colocando assim um ponto final nas negociações que decorreram ao longo dos últimos dois anos para rever aquela que é a mais cara e a mais antiga política comunitária.

As novas regras vão agora ser formalmente aprovadas pelos ministros agricultura dos 28, em dezembro, entram em vigor em 2014 e enquadrarão o desenvolvimento do sector até 2020.

"Portugal é um dos países que ganha, um pouco, mas que ganha" com a as regras para as ajudas diretas previstas nesta reforma, declarou Dacian Ciolos, o comissário responsável pela agricultura, hoje, em Estrasburgo, à margem da sessão do PE.

O Governo português, em comunicado, reagiu à decisão dos eurodeputados destacando que Portugal consegue "consegue pela primeira vez no 1º pilar (ajudas directas) uma aproximação parcial aos restantes Estados-Membros", com um aumento médio das ajudas de 186 para 200 euros por hectare. Apesar desta aproximação, a nova PAC conta com um orçamento mais reduzido que penalizará todos os países. Portugal vê as transferências diminuírem em cerca de 600 milhões de euros em relação ao período financeiro actual (2007-2013).

O socialista Capoulas Santos foi o responsável pela negociação do lado do PE e salienta que "o resultado final é muito melhor do que a proposta inicial" da Comissão Europeia, que constituiu a base do processo negocial. O ex-ministro da agricultura sublinha que este resultado é um "compromisso" que envolveu centenas de parlamantares, os governos de 28 países diferentes e a Comissão Europeia: "não é a solução ideal para nenhuma das partes, mas é uma solução na qual todas se podem reconhecer".


Fonte: Expresso