Processo sobre PGR de Angola terá sido arquivado
O processo que envolve João Maria de Sousa, PGR de Angola, terá sido arquivado. A investigação que pode ter chegado ao fim começou por causa de um alerta bancário.
A RTP noticia esta noite que "apurou que o caso do procurador-geral de Angola deverá ser arquivado. Em causa está um depósito de 70 mil euros na conta de João Maria de Sousa que alegadamente teria sido feito através de uma instituição bancária off-shore". ´
O Expresso tentou confirmar esta informação, o que não foi possível até ao momento. Segundo a RTP "a notificação do Ministério Público" seguirá em "mala diplomática para Luanda", na próxima quinta-feira.
A edição online do Publico adianta que o "processo do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) que envolvia o procurador-geral da República angolano, João Maria de Sousa, foi arquivado há mais de um mês".
O Publico diz ainda que o arquivamento "terá sido decidido antes da polémica sobre o pedido de desculpas do ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, pelas investigações do Ministério Público português a altos funcionários de Angola", no decurso de uma entrevista à Rádio Nacional de Angola.
Suspeita de fraude fiscal e branqueamento
Na edição de 23 de fevereiro deste ano o Expresso titula na primeira página que o "PGR de Angola está a ser investigado em Portugal", por "suspeitas de fraude fiscal e branqueamento de capitais".
Na altura, o Expresso disse que João Maria de Sousa não tinha sido constituído arguido nem ouvido formalmente, e que gozava da presunção de inocência.
A informação era de que teria transferido para uma conta do Banco Santander Totta em Portugal um depósito de 93 mil dólares (70,3 mil euros) de uma empresa offshore, a Spiral Enterprises. O pagamento terá sido feito através de uma conta do Banco Comercial Português de Cayman, com sede no paraíso fiscal das ilhas Caimão.
O depósito tinha sido feito em dezembro de 2011 e comunicado às autoridades, via alerta bancário, pelo Banco Santander.
Fonte: Expresso