Países falham acordo global contra poluição de plásticos
O delegado da organização ambientalista Greenpeace, Graham Forbes, disse que este atraso tem "consequências desastrosas para as pessoas e para o planeta".
As negociações para um tratado global contra a poluição de plásticos fracassaram. "Várias questões críticas ainda nos impedem de chegar a um acordo geral. Estas questões não resolvidas continuam espinhosas e será necessário mais tempo para resolvê-las de forma eficaz", anunciou este domingo o embaixador equatoriano Luis Vayas Valdivieso, que presidiu à discussão em Busan, na Coreia do Sul.
O delegado da organização ambientalista Greenpeace, Graham Forbes, disse que este atraso tem "consequências desastrosas para as pessoas e para o planeta, sacrificando implacavelmente aqueles que estão na linha da frente desta crise".
Durante uma semana, representantes de mais de 170 países tentaram encontrar uma solução para reduzir a poluição de plásticos, que, segundo as estimativas da OCDE poderá triplicar até 2060. Das 460 milhões de toneladas em 2019 até 2024, a produção global triplicou, chegando às 1,2 mil milhões de toneladas.
Após dois anos de conversações, os delegados representados na reunião do Comité Intergovernamental de Negociação para um Tratado Contra a Poluição Plástica (INC-5) tinham até hoje à noite para chegar a um acordo, mas, segundo o diplomata são três os pontos de bloqueio e de divergência. Um princípio de redução da produção global de plástico, o estabelecimento de uma lista de produtos ou moléculas consideradas perigosas para a saúde e o financiamento da ajuda aos países em desenvolvimento.
O grupo de Estados produtores de petróleo liderados pela Rússia, Arábia Saudita e Irão defendem que o futuro acordo deve apenas dizer respeito à gestão de resíduos e à reciclagem de resíduos plásticos. "O problema é a poluição, não o plástico em si", disse o delegado saudita, Abdulrahmane Al Gwaiz, durante a última conferência plenária.
As negociações serão retomadas em 2025.
Fonte: Diário de Notícias