Europol desmantela rede privada utilizada por ‘hackers’ em ataques informáticos
Apreendida pela agência de polícia europeia, a plataforma VPNLab.net tornou-se popular junto de criminosos informáticos mediante uma mensalidade de 60 dólares e permitia ataques de ‘ransomware’, com pedido de resgate
Uma rede privada virtual (VPN) utilizada por criminosos para realizarem ataques de ‘ransomware’, que colocaram mais de cem empresas em risco de ciberataques, foi desmantelada, divulgou esta quarta-feira a Europol.
A agência da polícia europeia revelou que investigadores na Europa e na América do Norte apreenderam ou interromperam, na segunda-feira, pelo menos 15 servidores que hospedavam utilizadores e também o ‘site’ VPNLab.net, que forneceu a grupos criminosos comunicações protegidas e acesso à Internet.
“O fornecedor VPN foi usado para apoiar atos criminosos graves, como a implementação de ‘ransomware’ (ataque informático com pedido de resgate) e outras atividades cibernéticas criminosas”, realçou a Europol, que tem sede em Haia, nos Países Baixos.
A plataforma VPNLab.net, criada em 2008, foi “uma escolha popular para ‘hackers’” dispostos a pagarem uma mensalidade de 60 dólares (cerca de 52 euros) para usarem os serviços “para cometerem crimes sem medo de serem detetados pelas autoridades”, acrescentou.
Várias investigações demonstraram que os ‘piratas’ informáticos exploraram esta plataforma para distribuir ‘malware’ (código maligno) e infiltrarem-se ou destruírem sistemas informáticos.
“Outros casos mostraram o uso do serviço na criação de infraestruturas e comunicações como suporte de programas de ‘ransomware’, bem como para a sua implantação real”, disse a Europol.
Na sequência da investigação, mais de cem empresas foram identificadas como expostas a ataques cibernéticos.
As autoridades estão a trabalhar com potenciais vítimas para mitigarem a exposição destas, garantiu a Europol.
A operação, liderada pela polícia alemã de Hannover (norte), contou com inspetores de vários países da União Europeia, bem como homólogos do Reino Unido, Canadá, Ucrânia e Estados Unidos.
Fonte: Expresso
Foto: Kevin Ku/Unsplash