Conselho de Ministros extraordinário no sábado para conter pandemia
Primeiro-ministro convocou ainda reuniões com os partidos para sexta-feira
O primeiro-ministro marcou com os partidos reuniões na sexta-feira e convocou para sábado um Conselho de Ministros extraordinário para definir novas "ações imediatas" para o controlo da pandemia da covid-19 em Portugal.
Fonte do Governo disse esta quarta-feira ao DN que, perante a evolução da pandemia em Portugal nas últimas semanas, a ministra da Saúde, Marta Temido, e a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, estão já a ouvir um conjunto de epidemiologistas.
Além das reuniões com os partidos com representação parlamentar e do Conselho de Ministros extraordinário, o ministro Estado da Economia e Transição Digital, Pedro Siza Vieira, está a ouvir parceiros sociais.
Ainda no âmbito do combate à covid-19, o primeiro-ministro participará ainda num Conselho Europeu extraordinário, por videoconferência, na quinta-feira, ao fim do dia, para procurar resposta coordenada a nível europeu.
No passado dia 14, Portugal elevou o nível de alerta face à pandemia de covid-19, passando da situação de contingência para situação de calamidade em todo o território nacional.
A decisão foi então anunciada pelo primeiro-ministro, António Costa, no final de uma reunião do Conselho de Ministros, justificando a elevação de nível de alerta face à "grave" evolução dada epidemia em Portugal.
Vários especialistas alertaram esta quarta-feira que a região Norte poderá atingir 7000 novos casos de infeção pelo SARS-CoV-2 na próxima semana, afirmando existirem "vários concelhos" num "patamar semelhante" aos três do Tâmega e Sousa onde foram impostas medidas mais restritas.
O presidente da Comissão Distrital da Proteção Civil do Porto apresentou esta quarta-feira uma proposta ao Governo para que, em função do aumento crescente do número de casos de covid-19 na região, decrete o recolher obrigatório no distrito.
Em Portugal, morreram 2.371 pessoas dos 124.432 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
Fonte: Diário de Notícias