Duarte Lima já apresentou contestação no caso Homeland

A defesa do ex-deputado do PSD apresentou em tribunal a contestação no negócio com o BPN. Caso começa a ser julgado dia 28.

Um negócio "com vários riscos", mas em que era esperado um lucro de "118 milhões de euros". Duarte Lima, acusado de burla qualificada e branqueamento de capitais no caso 'BPN/Fundo Homeland', apresentou ontem a sua contestação à 7ª Vara Criminal de Lisboa. Em causa estão os negócios com o BPN, que envolveu a compra de um conjunto de terrenos em Oeiras, no valor de 40 milhões euros.

O caso começará a ser julgado dia 28 deste mês. E tem também como arguidos o seu ex-sócio e também ex-deputado do PSD, Vítor Raposo; Pedro Lima, filho do ex-parlamentar; os advogados João Carlos Paiva e Pedro Miguel Paiva; e o cambista Francisco Canas, também acusado no caso 'Monte Branco'.

Nesta contestação, a defesa de Lima argumenta que a crise económica "imprevisível", acabou por ser a culpada pelo falhanço do negócio imobiliário, iniciado em 2007.

Tal como já havia referido por Vítor Raposo na sua defesa já entregue no mesmo tribunal durante esta semana, Duarte Lima argumenta: "Já depois de 2007 e ao longo de sucessivos anos, foram sendo feitas várias avaliações, já em plena crise imobiliária, que minimizaram, umas mais, outras menos, o valor dos terrenos, lembrando "dos efeitos devastadores da crise imprevisível do imobiliário", de que "Domingos Duarte Lima e Vítor Raposo não têm qualquer culpa."

A defesa de Duarte Lima acusa ainda o Ministério Público de "com alguma criatividade, imaginou enganos e prejuízos inexistentes." E garante que o advogado não enganou o ex-sócio Vítor Raposo, "que é amigo de Domingos Duarte Lima há décadas e parceiro de negócios do mesmo há uma década". Segundo a contestação Vítor Raposo nunca se sentiu "burlado" ou "vítima de abuso de confiança".

Fonte: Jornal Expresso