Advogados em protesto dizem que não podem ficar doentes

Centenas de advogados e solicitadores de todo o país vão manifestar-se em Lisboa contra descontos obrigatórios que lhes dão muito poucos direitos.

Centenas de advogados e solicitadores manifestam-se esta sexta-feira em Lisboa, a partir das 14 horas, à porta da sua caixa de previdência e depois do Ministério da Justiça. O protesto é contra os descontos obrigatórios para o sistema privado de reformas sob pena de serem expulsos da profissão.

No mínimo cada advogado tem de pagar atualmente um mínimo de 243,60 euros por mês, cerca de 30 euros mais que em 2017, num desconto que não serve, por exemplo, para situações de doença.

Um dos advogados que organiza a manifestação, José Miguel Marques, explica que se parte do pressuposto que os advogados ganham bem como no passado, mas em muitos casos não é isso que acontece.

Os advogados dizem que com a atual previdência não podem ficar doentes. Se isso acontecer, não recebem nada.

Os descontos para a Caixa de Previdência partem do pressuposto que os advogados ganham pelo menos o equivalente a dois salários mínimos, algo que para muitos é uma miragem, com quem protesta a dizer que não há mercado para cerca de 40 mil advogados em todo o país.

A organização do protesto, que não tem o apoio da Ordem dos Advogados, garante que já há pelo menos meia dúzia de autocarros cheios previstos para irem até Lisboa.

Fonte: TSF
Foto: Paulo Jorge Magalhães/Global Imagens