Queixas por atividade financeira ilegal disparam 214%

O Banco de Portugal remeteu ao Ministério Público 15 novas comunicações por práticas ilegais envolvendo 88 pessoas ou entidades. O aumento das queixas pode ser explicado pela crescente oferta de empréstimos ou outros serviços financeiros online ou por via telefónica.

As queixas do Banco de Portugal por atividade financeira ilegal e com fortes indícios criminais aumentaram 214% face ao ano anterior. O regulador remeteu ao Ministério Público 15 novas comunicações por práticas ilegais envolvendo 88 pessoas ou entidades, o que pode ser explicado pela crescente oferta de empréstimos ou outros serviços financeiros online ou por via telefónica.

Segundo avança o jornal ‘Público’, em causa está a concessão de empréstimos e a captação de poupanças junto de particulares, cada vez mais conduzida através das redes sociais, em alternativa à banca tradicional. Estas promessas de empréstimos afetam sobretudo consumidores endividados e com conhecimentos financeiros reduzidos, que querem empréstimos financeiros rápidos e sem grandes complicações.

O Banco de Portugal alerta para que este tipo de empréstimos se podem tratar de esquemas fraudulentos e as participações feitas ao Ministério Público já desencadearam a abertura de 63 processos. O número representa um aumento significativo, tendo em conta que em 2015 foram instaurados apenas 50 processos. Já o número de processos concluídos ascendeu aos 72, o número mais elevado desde 2013.

Os processos concluídos deram ainda origem a sete contraordenações e a 12 emissões de “determinações específicas”, bem como a emissão de alertas ou avisos públicos em relação à atuação de entidades ou pessoas a atuar sem autorização. Só no ano passado foram emitidos 10 alertas.

Fonte: O Jornal Económico