Vai haver segunda volta na Ordem dos Advogados

Guilherme Figueiredo, o segundo mais votado, está confiante numa vitória em Dezembro.

Elina Fraga e Guilherme Figueiredo foram os dois candidatos mais votados nas eleições de sexta-feira para o cargo de bastonário da Ordem dos Advogados, mas nenhum conseguiu os obrigatórios 50% para serem eleitos à primeira volta. A actual bastonária, Elina Fraga, obteve 8706 votos e Guilherme Figueiredo conseguiu 7838 votos. Com uma diferença de apenas 868 votos, nesta primeira eleição, o advogado do Porto diz-se confiante na vitória na segunda volta das eleições, marcadas para 6 de Dezembro.

Segundo os resultados eleitorais disponíveis no site da Ordem dos Advogados, votaram 21.316 profissionais para o cargo de bastonário e para o Conselho Geral. Os outros dois candidatos, Jerónimo Martins e Varela Gomes, obtiveram, respectivamente, 1.374 votos e Varela Gomes 973. Estes candidatos tiveram, individualmente, menos votos do que os votos brancos (2109). Houve ainda 316 nulos.

Guilherme Figueiredo diz-se muito satisfeito com o que considera ser "um resultado muito bom", depois do que designa por "campanha dura", com "a Ordem a entrar na campanha ao lado da candidata Elina Fraga" e o próprio "Ministério da Justiça a influenciar a campanha". Por isso, mesmo tendo chegado a acreditar na vitória à primeira volta, está agora convicto que irá sair vencedor da segunda. "Diziam que não conseguíamos mobilizar as pessoas, mas estes resultados mostram que isso não é verdade. Acredito que muita gente não votou ou votou em branco como protesto ou por desmotivação, mas que vai votar na segunda volta", disse ao PÚBLICO. O candidato a bastonário espera capitalizar esses descontentes e também, senão todos, parte dos votos dos outros dois candidatos que já não participam na eleição de Dezembro.

O PÚBLICO tentou obter uma reacção da candidatura de Elina Fraga, mas, até ao momento, tal não foi possível.

Ao contrário das eleições de 2014, neste acto eleitoral para o triénio 2017-2019 o candidato mais votado não era automaticamente eleito, sendo exigido para tal que obtivesse mais de 50%.

O resultado final será, por isso, decidido entre os dois candidatos mais votados, numa eleição que está marcada para 6 de Dezembro.

Fonte: Público