Descontentamento culmina em greve na Autoridade para as Condições de Trabalho

O Presidente da República considera que uma revisão constitucional não é, neste momento, uma prioridade no país. “Os problemas agravaram-se de forma significativa. Não param os processos disciplinares", diz à Renascença o sindicalista José Abraão.

Os trabalhadores da Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) vão fazer greve, no dia 2 de Maio, e exigem a demissão da actual direcção liderada por Pedro Pimenta Braz.

Um ano depois da primeira greve realizada a 28 de Abril, a situação não melhorou e o ambiente degrada-se de dia para dia, diz à Renascença José Abraão, secretário-geral do SINTAP, um dos sindicatos que convoca a paralisação.

“Os problemas agravaram-se de forma significativa. Não param os processos disciplinares, não param as substituições de dirigentes de um dia para o outro, provavelmente, por gente mais afecta ao Sr. inspector-geral”, denuncia o sindicalista.

A imposição de um código de ética foi a gota de água que agravou o descontentamento dos inspectores e restantes funcionários da ACT.

Todos querem melhores condições de trabalho, alargamento do quadro de pessoal e o regresso às 35 horas semanais, mas também a alteração da Lei Orgânica da Autoridade para as Condições de Trabalho.

Questões que tanto o SINTAP como o Sindicato dos Inspectores já estão a discutir com o secretário de Estado do Emprego, diz José Abraão.

Esta quinta-feira, em que se comemora o Dia Nacional da Prevenção dos Riscos Profissionais, os trabalhadores da ACT também vão mostrar o seu descontentamento.

Fonte: Rádio Renascença