Governo quer encontrar soluções "com muita urgência" para quem está a ser afetado pelos incêndios. Por todo o país, há cinco mil bombeiros empenhados no combate às dezenas de fogos

Autarca de Sever do Vouga fala no "pior incêndio de sempre" e em fogo posto. Três aldeias em risco no concelho de Mangualde e há escolas fechadas em Gondomar

Fogo no concelho de Castelo Branco destruiu 300 hectares
O incêndio que começou no domingo à noite na localidade de Louriçal do Campo, concelho de Castelo Branco, destruiu cerca de 300 hectares de floresta, mato e terrenos agrícolas, disse hoje o presidente da Câmara. Em declarações à agência Lusa, Leopoldo Rodrigues explicou que não há registo de perdas de habitações ou de vítimas e estima-se que a área ardida ronde os 300 hectares.

"Houve muitos terrenos agrícolas que foram consumidos pelas chamas, nomeadamente olival, pomares e vinha, no Louriçal do Campo e em São Vicente da Beira", referiu. Em relação às perdas agrícolas registadas, o autarca disse que não sabe se o Governo vai avançar com algum mecanismo de apoio.

O incêndio começou no domingo à noite na localidade de Louriçal do Campo, concelho de Castelo Branco, e entrou em fase de resolução na segunda-feira, às 17h52. Hoje, pelas 10h15, ainda se encontravam no terreno, em vigilância, 130 operacionais apoiados por 43 viaturas.

Leopoldo Rodrigues deixou ainda uma palavra de agradecimento a todas as entidades envolvidas neste incêndio, especialmente à Proteção Civil, forças de segurança e às populações.

Governo compromete-se a encontrar "com muita urgência" soluções para as populações afetadas pelos incêndios
O Governo compromete-se a encontrar com "muita urgência" uma resposta para os problemas das populações que estão a ser afetadas pelos incêndios.

Em entrevista à TSF, o ministro da Coesão Territorial explica que a reunião desta manhã com os autarcas da região de Aveiro vai servir para começar a fazer um levantamento dos danos provocados pelas chamas. "Seria uma precipitação da minha parte estar a tomar compromissos imediatamente antes mesmo de ver qual é a natureza dos problemas e a quantidade dos problemas que estão em causa", sublinha.

Manuel Castro Almeida não avança prazos, mas assegura que quem mora nas zonas mais afetadas vai ter resposta do Estado. "Nunca vamos ficar em Lisboa à espera que os autarcas nos venham procurar, não estão em momento de abandonar os seus territórios."

Garante ainda que o Executivo está atento ao que se está a passar na região de Aveiro e promete apoios em várias áreas, pedindo ainda que haja "solidariedade nacional" numa altura tão crítica como esta.

Fonte: TSF
Foto: TSF