Criminalidade violenta e grave cai 13% em 2020, diz Ministério da Administração Interna
De acordo com o mais recente Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), cujos primeiros dados foram apresentados pelo ministro Eduardo Cabrita esta terça-feira, o crime de violência doméstica caiu 6% no ano passado. Acidentes e mortes na estrada também desceram, assim como os incêndios rurais
A criminalidade violenta e grave teve uma redução superior a 13% durante o ano de 2020, anunciou esta terça-feira o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, que em declarações aos jornalistas no Palácio de São Bento traçou as linhas gerais do mais recente Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), referente ao ano passado.
O ministro apontou que não era altura de fazer uma “análise” destes novos dados, mas lembrou que Portugal não registou perturbações de ordem pública durante o último ano pandémico, algo que aconteceu noutros países europeus. Além disso, Cabrita sublinhou que o crime de violência doméstica, tão comum em Portugal, registou uma redução de 6% em 2020, em comparação com 2019.
“Há uma correlação entre os períodos dos estados de emergência e uma maior redução dos fenómenos criminais”, continuou o ministro. No primeiro estado de emergência, entre março e maio, a redução da criminalidade geral foi de 28,9%, enquanto a criminalidade violenta e grave caiu 27%. Seguindo essa tendência, e de acordo com o RASI 2020, no segundo estado de emergência próximo do fim do ano, essas mesmas reduções foram de 15% e 20% respetivamente.
“Há alguns tipos específicos de crimes que cresceram e estão associados a estes tempos tão especiais”, disse Eduardo Cabrita, referindo-se a um crescimento dos crimes informáticos (como as burlas), mas também aos crimes de desobediência, por falta de respeito pelas regras e restrições impostas pela atual situação sanitária.
O ministro da Administração Interna referiu-se ainda à sinistralidade rodoviária, que também caiu cerca de 20% no que toca ao número de mortos, feridos graves e número de acidentes, uma percentagem que é superior à redução da circulação, que rondou os 14%. Por último, Eduardo Cabrita deu a conhecer os números referentes aos incêndios rurais: “pelo terceiro ano consecutivo houve uma verificação de ocorrências muito abaixo da média dos últimos dez anos”, congratulou-se, destacando a queda de 50% nas ocorrências e de 51% na área ardida.
Fonte: Expresso
Foto: Tony da Silva/LUSA